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21 de maio de 2013Um dos momentos mais complicados da vida de um adolescente é a escolha da profissão. Há quem queira seguir a carreira dos pais, mas outros têm gostos e sonhos diferentes e sentem a necessidade de trilhar outros caminhos. Mas qual será a melhor forma de definir o futuro profissional?
Segundo Shirley Miguel, psicoterapeuta e orientadora vocacional, a pressão pela escolha de uma profissão já começa com a entrada dos adolescentes no Ensino Médio.
As escolas passam a promover palestras sobre o mercado, as melhores faculdades e a fazer simulações de vestibular.
“Em casa os pais, amigos dos pais e parentes perguntam mais sobre o assunto e fazem comparações com colegas, primos, vizinhos, filhos dos amigos dos pais. Assim, o adolescente se sente cada vez mais pressionado”, comenta a especialista. “É entre os 15 e 18 anos que os jovens normalmente buscam ajuda de um orientador vocacional.”
Este profissional pode ser contratado pela escola ou pelos pais dos adolescentes. Existem ainda grupos em universidades, comunidades e igrejas que oferecem o serviço gratuitamente. O orientador abastece o jovem com informações sobre o mercado de trabalho, profissões e instituições de ensino. Faz também um levantamento histórico, acadêmico e profissional da família e um histórico escolar do aluno (seus interesses acadêmicos, facilidades e dificuldades), proporcionando um maior nível de autoconhecimento.
“Normalmente os orientadores vocacionais são psicólogos. O processo leva de seis a oito sessões, mas pode durar mais dependendo do caso”, explica Dra. Shirley. A psicoterapeuta deixa claro que o profissional não escolhe a profissão, mas ajuda o jovem a encontrar caminhos, tendências e interesses, fortalecendo e promovendo maior maturidade sobre escolha de profissão/carreira.
Os pais não devem pressionar, mas podem contribuir falando sobre os ganhos e perdas de suas escolhas, apoiando os filhos, compreendendo o estresse típico da fase. “E o jovem deve levar em conta seus interesses e facilidades na hora de escolher a profissão. É mais fácil e prazeroso trabalhar com o que se gosta, mas nem sempre sabemos o que gostamos. Às vezes precisamos experimentar primeiro, levando em consideração que toda e qualquer carreira, quer gostemos ou não, tem seus prós e contras”, ressalta Dra. Shirley.
A psicoterapeuta e orientadora vocacional dá outras dicas:
– Saiba separar os desejos e expectativas que são seus e das outras pessoas, principalmente dos pais, que têm um grande peso nesse momento.
– Busque informações do mercado de trabalho (salários, carga horária, carreira, pós-graduações etc.) e converse com profissionais das áreas que mais despertam interesse, conhecendo melhor a rotina de alguém que já está na ativa.
– Alguns precisarão de mais tempo para pensar, estudar, se preparar e até estagiar na área.
Lembrando que nem todos desejarão uma graduação, podendo optar por carreiras técnicas, um negócio próprio etc. Mas, mesmo assim, a preparação é fundamental.